Fraudes nas Urnas? Denúncias de 2025 reacendem polêmica no Brasil
Acusações de manipulação e interferência externa sacodem o sistema eleitoral

Novas denúncias sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas brasileiras, divulgadas em 6 de agosto de 2025, apontam para manipulação de chips e interferência estrangeira nas eleições de 2022. Sem provas concretas, as acusações geram barulho no X e reacendem o debate sobre a confiabilidade do sistema eleitoral.
As urnas eletrônicas, usadas no Brasil desde 1996, voltam ao centro de uma tempestade política com denúncias lançadas em 6 de agosto de 2025. Postagens no X e reportagens na internet, como as do portal O Antagonista e do jornalista americano Michael Shellenberger, alegam que as eleições de 2022 foram fraudadas por meio de chips manipulados e interferência dos Estados Unidos, via Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). As acusações, amplificadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria agido às escondidas para garantir a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar do barulho, o TSE e especialistas refutam as alegações, destacando a ausência de evidências e a robustez do sistema eletrônico de votação.
As denúncias têm origem em um podcast do G1, onde um trecho sugere que a distribuição de chips para urnas em 2022 envolveu empresas terceirizadas e possíveis interferências externas, sem o conhecimento de Bolsonaro. No X, usuários como @ThayzzySmith e @Rakaaguia ecoaram a narrativa, afirmando que componentes eletrônicos foram instalados para manipular votos, e que a censura a críticas às urnas seria uma tentativa de encobrir fraudes. Um post de @alainrago cita Michael Shellenberger, que teria apresentado um documento ao Comitê de Assuntos Externos do Brasil, sugerindo desvio de urnas para preparação fraudulenta.
Por outro lado, o TSE reitera que as urnas não são conectadas à internet, o que impede ataques hackers, e que o sistema passa por auditorias rigorosas, como o Teste Público de Segurança (TPS) e a verificação dos códigos-fonte por entidades como a Polícia Federal e a OAB. Desde 1996, nunca houve fraude comprovada, segundo o TSE, o Ministério Público Eleitoral e estudos independentes. Em 2022, o TSE desmentiu alegações sobre a Smartmatic, empresa citada em boatos, afirmando que ela não atuou nas eleições daquele ano. Especialistas como Giuseppe Janino, ex-secretário de Tecnologia da Informação do TSE, reforçam que a urna eletrônica brasileira é um marco global em segurança eleitoral.
As denúncias, embora sem provas sólidas, alimentam a desconfiança de parte da população, especialmente em um contexto de polarização política. O debate ganhou força com a proximidade das eleições municipais de 2026, e as acusações podem pressionar o Congresso a rediscutir propostas como o voto impresso, defendido por bolsonaristas, mas rejeitado pelo TSE por riscos ao sigilo do voto e ineficiência.
Fontes Citadas:
O Antagonista, matérias sobre denúncias de fraudes eleitorais, 6 de agosto de 2025.
Postagens no X de @ThayzzySmith, @alainrago, @Rakaaguia, entre 25 de julho e 7 de agosto de 2025.
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seção “Fato ou Boato”, 2022-2024.
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), “Entenda por que não é possível fraudar a urna eletrônica”, 21 de fevereiro de 2024.
Reuters, “Fact Check: Nunca houve registro de fraude nas eleições brasileiras com urnas eletrônicas”, 11 de agosto de 2022.
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