Em uma cidade onde o conservadorismo ainda dita o tom, iniciativas por inclusão e diversidade tentam furar a bolha, mas enfrentam resistência de quem prefere o conforto do “sempre foi assim”.

Leme, como tantas cidades do interior, vive um embate silencioso entre a tradição e a necessidade de evoluir. Um evento recente sobre direitos LGBTQIA+ gerou aplausos de alguns e críticas ácidas de outros, revelando uma cidade dividida. Uma ONG local tem se esforçado para promover debates sobre igualdade racial e de gênero, trazendo palestras e oficinas para escolas e espaços comunitários.

Mas a resistência persiste, com muitos afirmando que “esses assuntos não são problema por aqui”. Enquanto isso, histórias de discriminação, como a de jovens que enfrentam preconceito por sua orientação sexual, mostram que o problema existe, sim, e precisa de atenção.

A prefeitura, cautelosa, evita se posicionar com clareza, preferindo o discurso genérico de “respeito a todos”. Leme tem a chance de ser um exemplo de inclusão, mas o caminho exige coragem para enfrentar verdades incômodas. Será que a cidade está pronta para esse salto?