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Leme,25/08/2025

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Transparência em Leme: Onde está o dinheiro público?

Gastos, projetos e falhas: O que a Câmara e a Prefeitura revelam


Transparência em Leme: Onde está o dinheiro público?

Em Leme, SP, os cidadãos de 35 a 54 anos exigem saber: para onde vai o dinheiro dos impostos? Uma investigação nos portais da Prefeitura e da Câmara Municipal mostra projetos como o Plano Plurianual e obras nos bairros, mas a transparência patina com sites confusos e dados incompletos. Descubra o que está sendo feito e o que falta para a cidade ser um exemplo de gestão aberta.

Leme, cidade de 100 mil habitantes no interior de São Paulo, vive um momento de cobrança por transparência. Adultos entre 35 e 54 anos, que formam o grosso dos usuários do Leme Online e são ativos no X e no grupo “Leme em Foco” no Facebook, querem respostas claras sobre como a Prefeitura e a Câmara Municipal gastam os recursos públicos. Eles perguntam: onde está o dinheiro dos impostos? Por que as ruas do Jardim Nova Leme seguem esburacadas? Por que a saúde ainda tem filas? Esta reportagem mergulha nos portais oficiais, nas leis municipais e nas vozes das redes sociais para mapear os principais projetos, os gastos declarados e as falhas que deixam os cidadãos no escuro.


O Dinheiro em Ação: Projetos e Gastos

A Prefeitura de Leme e a Câmara Municipal, com 17 vereadores, têm anunciado projetos ambiciosos para 2025. O Plano Plurianual (PPA) 2026-2029, apresentado em audiência pública na Câmara em 6 de agosto de 2025, é o carro-chefe. Segundo o site da Prefeitura, o plano destina R$ 10 milhões para pavimentação de ruas em bairros como Vila São José e Jardim Imperial, R$ 5 milhões para modernizar unidades de saúde e R$ 2 milhões para ampliar programas de assistência social. A Secretaria de Finanças informou que esses valores vêm de arrecadação de impostos como IPTU e ISSQN, além de repasses estaduais e federais.

Na saúde, a prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025, também publicada no site da Prefeitura, destaca a compra de equipamentos para o Hospital São Luiz e a ampliação do Programa Saúde da Família (PSF) no bairro Cidade Jardim. O valor investido foi de R$ 3,2 milhões, mas moradores relatam que as filas persistem. No X, o usuário @LemeVerdade resumiu: “Equipamentos novos, mas cadê os médicos?”

A Secretaria de Indústria e Comércio firmou parceria com o SENAC de Limeira para oferecer 500 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional até 2026, focando em agropecuária e tecnologia. O investimento, de R$ 1,5 milhão, visa bairros como Jardim Primavera, mas a divulgação é tímida, segundo comentários no grupo “Leme em Foco”.

Um destaque positivo é a destinação de Imposto de Renda ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA). Em 2025, R$ 353.783,69 foram arrecadados, mas isso é apenas 10% do potencial de R$ 3,4 milhões, segundo a Secretaria de Assistência Social. O Dr. Francisco Serrano, em palestra na ACIL, enfatizou: “Esse recurso não custa nada ao contribuinte e transforma vidas.” Ainda assim, a baixa adesão reflete falhas na comunicação com empresas e cidadãos.

Na cultura, a 7ª Semana “Seu Geraldo” de Música, realizada em agosto de 2025 na Praça Manoel Leme, custou R$ 200 mil e atraiu milhares de moradores. Porém, bairros afastados, como Morro Azul, reclamam da falta de eventos locais.


Transparência: O Calcanhar de Aquiles

A transparência em Leme é um misto de esforço e frustração. A Prefeitura usa a plataforma 1Doc para consulta de requerimentos e ofícios, e o site Leis Municipais publica legislações, como a Lei Ordinária 3653/2017, que criou o programa de parcelamento de débitos da SAECIL. A Câmara Municipal disponibiliza atas, projetos de lei e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 no site www.leme.sp.leg.br. Mas ambos os portais têm problemas sérios: navegação confusa, links quebrados e dados desatualizados. Por exemplo, o portal da Câmara não detalha gastos de vereadores com verbas de gabinete, e o Portal da Transparência oficial de Leme (sp.portaldatransparencia.com.br) exibe a mensagem “Serviço indisponível para este município”.

A Lei de Acesso à Informação (LAI), de 2011, exige que órgãos públicos divulguem dados de forma proativa, como despesas e contratos. Em Leme, a transparência ativa é parcial. A Secretaria de Finanças publica relatórios de execução orçamentária, mas eles são genéricos, sem detalhar, por exemplo, quanto cada vereador destinou em emendas parlamentares. No X, @LemeAtento disparou: “Como fiscalizo meu vereador se o site da Câmara trava?” No grupo “Leme em Foco”, moradores cobram relatórios acessíveis sobre pavimentação e saneamento, apontando que a SAECIL, responsável pelo abastecimento, enfrenta críticas por falta de clareza nos investimentos.

A comparação com outras cidades, como São Paulo, mostra o que Leme poderia melhorar. O Portal da Transparência de São Paulo detalha gastos por secretaria, contratos desde 2007 e emendas parlamentares por vereador, algo inexistente em Leme. A ausência de um portal robusto alimenta a desconfiança, especialmente entre os adultos de 35 a 54 anos, que usam o X e o Facebook para exigir accountability.


Demandas dos Moradores

Os cidadãos de Leme, especialmente na faixa de 35 a 54 anos, querem mais do que promessas. No X, hashtags como #TransparênciaLeme e #LemeSP acompanham críticas a buracos nas ruas, filas na saúde e demora na aprovação de loteamentos. No Facebook, o grupo “Leme em Foco” reúne milhares de comentários pedindo relatórios claros sobre o destino dos R$ 10 milhões do PPA para pavimentação e mais eventos culturais nos bairros. Um morador do Jardim Imperial escreveu: “Quero saber quando minha rua vai ser asfaltada, não só que o dinheiro ‘está destinado’.”

A pressão por transparência também reflete a polarização política. Postagens no X, como de @CidadãoLemense, questionam se os recursos estão sendo usados para “comprar apoio político” em vez de resolver problemas reais. A falta de respostas claras só aumenta a insatisfação.


O Caminho para a Transparência

Leme tem potencial para ser um modelo de gestão aberta, mas precisa agir. A Prefeitura poderia investir em um portal da transparência unificado, com dados de gastos por bairro, vereador e secretaria, acessível em linguagem simples. A Câmara deveria detalhar emendas parlamentares e verbas de gabinete, como faz São Paulo. Audiências públicas, como a do PPA, precisam ser mais divulgadas e incluir canais online, como lives no YouTube, para alcançar quem trabalha. O Leme Online pode liderar essa cobrança, publicando reportagens com infográficos e entrevistas com vereadores, dando voz aos moradores e pressionando por resultados.


Fontes Citadas

  • Site da Prefeitura Municipal de Leme, www.leme.sp.gov.br, notícias de julho e agosto de 2025.

  • Câmara Municipal de Leme, www.leme.sp.leg.br, seção de notícias e leis.

  • Portal Leis Municipais, www.leismunicipais.com.br, leis de 2017.

  • Postagens no X de @CidadãoLemense, @LemeVerdade e @LemeAtento, 4 a 6 de agosto de 2025.

  • Grupo “Leme em Foco” no Facebook, comentários de julho e agosto de 2025.

  • Portal da Transparência de São Paulo, www.prefeitura.sp.gov.br, seção “De Olho nas Contas”.




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